e acordo com a pesquisa, o seu gosto musical está diretamente conectado com os traços de personalidade.
Você já parou para pensar no que seu gosto musical diz sobre você? Enquanto muitos podem considerar apenas uma preferência pessoal, estudos científicos revelam que nossa escolha de gêneros musicais está intrinsecamente ligada à nossa personalidade e comportamento.
Surpreendentemente, nossas músicas favoritas podem revelar mais sobre nós do que imaginamos. Desde o pop cativante até o heavy metal intenso, cada gênero musical carrega consigo pistas sobre nossa disposição emocional, traços de personalidade e até mesmo nossas tendências comportamentais.
À medida que mergulhamos nos achados da ciência, descobrimos verdades fascinantes sobre como nossa playlist pode refletir quem realmente somos.
O que o gosto musical diz sobre você?
Rap: preferência dos psicopatas
O estudo que revelou a preferência dos psicopatas pelo rap desafiou muitos estereótipos populares. Ao contrário das representações fictícias de psicopatas apreciando música clássica, como o icônico Hannibal Lecter, os resultados indicaram uma inclinação surpreendente para o gênero do rap entre aqueles com pontuações mais altas em psicopatia.
No estudo realizado em 2017, canções como “No Diggity” e “Lose Yourself” de Eminem emergiram como favoritas entre indivíduos com traços mais pronunciados de psicopatia.
Essas descobertas forneceram uma visão intrigante sobre a relação entre preferências musicais e características de personalidade, desafiando as expectativas convencionais.
Embora a pesquisa indique uma predileção de indivíduos com traços psicopáticos por este gênero musical (o rap), gostar de rap não te faz automaticamente um psicopata. O estudo, na verdade, destaca uma tendência de pessoas com essas características a preferirem o rap.
Música suave: pessoas empáticas
O estudo conduzido pelo Dr. David Greenberg revelou uma conexão intrigante entre preferências musicais e características psicológicas, especificamente em relação à empatia e ao pensamento sistematizador.
A pesquisa, que envolveu voluntários, destacou uma clara divisão entre aqueles que demonstraram altos níveis de empatia e os chamados “sistematizadores”, que tendem a pensar de forma mais mecânica e analítica.
Os resultados mostraram que as pessoas empáticas tendem a preferir gêneros musicais mais suaves e emotivos, como R&B, soul e soft rock.
Esses estilos musicais, com suas melodias suaves e letras introspectivas, parecem ressoar com as sensibilidades emocionais das pessoas empáticas, proporcionando-lhes conforto e conexão emocional.
Rock, metal e hard rock: pessoas menos emocionais
A preferência por gêneros musicais robustos, como punk, heavy metal e hard rock, é comumente observada em pessoas que possuem uma orientação mais sistematizante do que emocional.
Músicas com graves: pessoas extrovertidas
O estudo publicado na revista Personality and Individual Differences em 1997 mostrou que pessoas extrovertidas têm uma maior propensão a apreciar músicas com linhas de baixo proeminentes.
Essa descoberta pode ser atribuída à natureza extrovertida das pessoas que buscam estimulação sensorial e social.
Músicas com graves exagerados tendem a ser mais vibrantes e envolventes, estimulando não apenas os sentidos auditivos, mas também inspirando movimento e dança.
Para os extrovertidos, que geralmente buscam interação social e experiências emocionantes, esses elementos musicais podem proporcionar uma sensação de energia e excitação.
Música violenta não significa que você é violento
O estudo investigou a relação entre ouvir música considerada violenta, como o heavy metal extremo, e a sensibilidade das pessoas à violência. Contrário à noção de que tais músicas possam encorajar comportamentos violentos, a pesquisa sugere que apreciar esses gêneros musicais é mais um hobby “geek” e não está associado a uma maior insensibilidade à violência.
No experimento, participantes foram expostos à música “Eaten” by Bloodbath, que narra um crime real ocorrido na Alemanha em 2001.
Depois os participantes foram expostos à canção “Happy” de Pharrell Williams, para comparar as reações.
Os resultados mostraram que a exposição à música descrita como violenta não dessensibilizou os ouvintes em relação à violência.
Segundo o Professor Bill Thompson da Universidade Australiana, os fãs de heavy metal são vistos como pessoas pacíficas, e a reação emocional predominante à essa música é de alegria e empoderamento, desmentindo o estereótipo de que o gênero levaria a comportamentos agressivos.
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